A palavra "pastel" passou à linguagem cotidiana como sinônimo de cor clara e suave.Mas, na verdade, a pintura com pastel pode ser muito ousada e forte. Esse material permite incontáveis possibilidades artísticas, e pode ser eficientemente usado para esboços rápidos ou para trabalhos mais acabados.
O pastel teve sua origem na Itália no século XVI, como desenvolvimento natural do giz para desenho. Federico Barocci (1526-1612) foi o primeiro grande expoente a empregar o pastel, em uma época em que existia apenas nas cores branco, preto e encarnado.
A partir do séc. XVIII, a técnica do pastel alcançou grande popularidade sobretudo na França e, com Maurice-Quentin La Tour (1704-1788), atingiu em muitos retratos o auge do virtuosismo técnico.
No século XIX, o pastel foi utilizado na forma de técnica mista, com o uso simultâneo do óleo, guache e têmpera. O pastel atende às necessidades dos impressionistas, que registravam a diversidade cromática da natureza e os efeitos da luz.Foi usado em grande escala pelos impressionistas Cassatt, Degas, Redon, Renoir, Toulouse Lautrec e Whistler.Dos trabalhos realizados por esses mestres,provavelmente os mais conhecidos hoje são os estudos de bailarinas feitos por Degas. Ele explorou a fundo as possibilidades do pastel, conseguindo texturas realmente notáveis.
O giz pastel ou pastel seco é obtido agregando pigmento em pó a um aglutinante (água em que se ferveu cevada, por exemplo).A pasta obtida é modelada em forma de cilindros.Aplicado ao suporte, com o auxílio dos dedos ou de um esfuminho, o pigmento aloja-se nas fibras do papel usado como suporte.Como o pastel é aplicado diretamente sobre o papel, presta-se a um tratamento muito especial, que resulta na textura aveludada tão apreciada pelos amantes da pintura. Tais qualidades fazem dele um material particularmente adequado para a realização de retratos, embora pode-se empregá-lo em qualquer tipo de trabalho artístico.