Sem Título

 Sem Título. Acrílica sobre crepon 50x70 cm com texto de Pablo Neruda

Amor mío,nos hemos encontrado
sedientos y nos hemos
bebido toda el agua y la sangre,
nos encontramos
con hambre
y nos mordimos
como el fuego muerde,
dejándonos heridas.

Pero espérame,
guárdame tu dulzura.
Yo te daré también
una rosa.

Pablo Neruda

 Sem Título. Acrílica sobre crepon 50x80 cm com texto de Patrick Süskind.

"Precipitaram-se para o anjo, caíram-lhe em cima, prostraram-no por terra. Cada um queria tocar, cada um pretendia a sua parte, possuir uma pequena pluma, uma pequena asa, uma centelha do seu fogo radioso. Arrancaram-lhe as roupas, os cabelos, arrancaram-lhe a pele, cravaram-lhe as unhas e os dentes na carne, atacaram-no como hienas..." Patrick Süskind- O Perfume

Dorme, que a Vida é Nada!

 Dorme, que a Vida é Nada! Acrílica sobre papel 50x70cm.

Dorme, que a vida é nada!
Dorme, que tudo é vão!
Se alguém achou a estrada,
Achou-a em confusão,
Com a alma enganada.

Não há lugar nem dia
Para quem quer achar,
Nem paz nem alegria
Para quem, por amar,
Em quem ama confia.

Melhor entre onde os ramos
Tecem docéis sem ser
Ficar como ficamos,
Sem pensar nem querer,
Dando o que nunca damos."
Fernando Pessoa

Folhas Secas, Flores sem Frutos

Folhas Secas, Flores sem Frutos. Acrílica sobre crepon 50x70 cm.

"Qual tronco despido
De folha e de flores,
Dos ventos batido
No inverno gelado
De ardentes queimores
No estio abrasado,
De nada sentido,
Que nada ele sente...
Assim ao prazer,
À dor indif'rente,
Vão-me as horas da vida
Comprida
Correndo,
Vivendo,
Se é vida
Tão triste viver."
Almeida Garrett-Tronco Despido-1828

Sem título. Técnica mista. 60x80 cm. Com texto de Clarice Lispector.

"Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia. Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar. Grande responsabilidade da solidão. Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama. Quanto a mim, assumo a minha solidão. Que ás vezes se extasia como diante de fogos de artifício. Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor. E a dor, silêncio. Guardo o seu nome em segredo. Preciso de segredos para viver..."- Clarice Lispector-Água Viva

EXPOSIÇÃO COLETIVA DO MAC NA CASA MUNICIPAL DA CULTURA DE COIMBRA

Ontem, 04 de agosto de 2010 aconteceu a vernissage da exposição coletiva do MAC- Movimento Artistico Coimbra que reuniu 72 obras de grandes artistas e da qual participei com minha obra "Sol Derramado".
Gostaria de parabenizar ao MAC por essa maravilhosa iniciativa bem como a todos os artistas que fizeram parte do evento.
Fico muito honrada, e mais do que isso, muito feliz em participar de iniciativas como esta em que o artista é tratado com o cuidado, respeito e profissionalismo.
Infelizmente no Brasil existe uma cultura que relega o artista à marginalidade, onde os grandes espaços culturais são exclusividade de pequenos grupos, onde arte virou investimento, moda e o artista (para pasmo geral), massa de manobra política.
Agradeço muito ao MAC, em especial a José Rosa por ter me apresentado esta brilhante proposta e por ter me acolhido de forma humana, carinhosa, com todo o respeito que nós, artistas merecemos.

Grande beijo na alma de todos os membros do Movimento Artistico Coimbra.

 José Rosa, coordenador artístico do MAC com meu certificado de participação...

 Vista geral da expo*

Sol Derramado *

*fotos tiradas por um amigo muito querido que disse que foi à expo só pra tomar um banho de "sol derramado"....fofo!